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Rumo ao 40º, rumo ao futuro

O SPM abraça as lutas presentes e lança as bases do futuro com todo o otimismo

No passado dia 12, o SPM completou 38 anos de existência, tendo a direção promovido uma celebração em ambiente de descontração e partilha, com o objetivo de
1. Fortalecer os laços entre os seus sócios;

2. Celebrar a longa luta do SPM em defesa dos professores e da valorização da educação da RAM;

3. Reafirmar a atualidade do espírito sindical;

4. Projetar o papel do SPM no futuro da educação da RAM.

Fica, pois claro que, embora, como sempre acontece nestas circunstâncias, o passado tenha estado bem presente, a motivação principal destas celebrações foram o presente, em primeiro lugar, e o futuro, em segundo. Na verdade, a grande adesão dos sócios mostrou que o projeto sindical da atual direção é credível e olhado com enorme confiança. Se dúvidas houvesse quanto a isto, as estatísticas dos últimos meses acabariam com elas: o SPM está em crescimento. Ora, ao contrário do discurso daqueles que afirmam que os sindicatos já não fazem sentido na situação atual, os professores da RAM reafirmam a confiança no maior e mais antigo sindicato de professores da Madeira: o SPM.

Tal confiança é sobretudo uma enorme responsabilidade para todos os elementos dos atuais corpos gerentes, comprometendo-os com a necessidade de darem continuidade à riquíssima história sindical em defesa dos docentes e de uma educação de qualidade na RAM. Efetivamente, não faltam razões aos professores para lutarem. Poderíamos enumerar um sem fim de matérias, mas fico-me por algumas exemplificativas: o regime da aposentação que não tem em conta as especificidades da profissão; o congelamento (comum à função pública em geral) da carreira, há vários anos; as condições de trabalho inadequadas; o elevado número de alunos por turma e por professor (no caso dos 2º, 3º ciclos e secundário), a burocracia; e tantas, tantas mais. No entanto, não podemos esquecer outras matérias prioritárias, mas que parecem não merecer a atenção da tutela, como a necessidade de se rever o estatuto da carreira docente e de se adotar um regime de concursos transparente e mais justo. No fundo, o que se pretende é que se olhe para a educação como uma área fulcral no desenvolvimento da nossa sociedade, não se podendo, por isso, olhar para ela com lentes exclusivamente economicistas, que condicionam à partida tudo o que se faz. A este propósito, fica a promessa de que o SPM olhará com muita atenção para a anunciada reorganização do parque escolar no próximo ano letivo, até porque a redução de docentes tem sido superior à redução de alunos, não admirando, por isso, que os professores sejam os mais atingidos pelo desemprego na função pública, como o demonstraram, muito recentemente, dados estatísticos inquestionáveis.

Estas são, apenas, algumas das preocupações do presente que só com muita tenacidade, persistência e com o contributo de todos os docentes poderão ser ultrapassadas. Uma organização tímida, sem confiança e alheada da realidade esconder-se-ia e limitar-se-ia à produção de discursos de circunstância. Uma instituição confiante, habituada a grandes desafios e a longos combates, como o SPM, anima-se perante as dificuldades e vai à luta com a certeza de que o futuro será seu.

Com esta confiança, o SPM abraça as lutas presentes e lança as bases do futuro com todo o otimismo. Por isso, à distância de 2 anos, o SPM prepara, já, o seu 40º aniversário, fazendo desta preparação um momento de transição entre o passado grandioso e um futuro que devolverá aos professores o reconhecimento do seu papel social insubstituível.

Diário de Notícias da Madeira, 22.3.2016
http://www.dnoticias.pt/impressa/diario/opiniao/576226-rumo-ao-40%C2%BA-rumo-ao-futuro

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