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“Um olhar humanitário”

Este é um momento de reflexão sobre a situação da Venezuela, para todos os cidadãos democráticos e atores políticos. O mais delicado da situação da Venezuela é a carência de ordem constitucional, a falta de ordem social, cívica e cidadã, da parte do governo para assegurar as coisas básicas, como medicamentos, alimentos e integridade individual.

Não querendo entrar na política, inevitavelmente, tenho/temos de dizer que este regime se acomodou quer através do poder quer através da quebra do fio constitucional, e tem desperdiçado os recursos mais abundantes da história da Venezuela.

Venezuela foi durante décadas um país que abriu as suas portas a diferentes culturas e nacionalidades, cidadãos do mundo em procura de trabalho honesto, tais como a comunidade madeirense. Este grande país deixou de ser aquele generoso país de acolhimento, terra de oportunidades imensas, abrigo para quem se viu forçado a deixar a sua terra e família. Atualmente, vive-se uma crise imensa, sem se vislumbrar o fim. Quero/queremos dar o nosso testemunho de profunda inquietação e angústia. Todos temos um parente, um amigo, um vizinho, que na Venezuela encontrou um meio favorável para desenvolver o seu mister. Pôde trabalhar e ganhar, amealhar o seu pecúlio e até contribuir para o desenvolvimento da sua terra natal.

Hoje, muitos  cidadãos do mundo sofrem como todos os venezuelanos e, perante isso, percebemos que o poder político, cada vez mais, se afasta do caminho correto e ético, e também da defesa de todos os cidadãos, independentemente de raças, religiões, cores políticas, ou outras.

É para todos motivo de grande aflição olharmos para os nossos conterrâneos e para todos os cidadãos da Venezuela e de outros países em conflito. É angustiante assistir ao sobressalto em que vivem, num contexto de violência, conflito, criminalidade e carência, que traz a fome, impede o acesso a medicamentos – sentem-se reprimidos e oprimidos.

Vamos fazer um pedido ao mundo: olhemos para a Venezuela e os seus cidadãos, bem como para outras partes do mundo que vivem situações semelhantes, com olhos humanitários.

É agora que todos os povos devem participar e abrir a sua consciência para os seres humanos que estão em sofrimento.

Funchal, 20 de maio de 2017

Amélia Carreira e Pedro Zamora

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