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Mil maneiras de abater professores

Como se pode verificar, há muitas maneiras de abater os professores!

Desde que Maria de Lurdes Rodrigues iniciou, em 2005, um ataque soez contra os docentes, não têm parado de crescer as manifestações de desrespeito contra estes profissionais, sinais claros de que as políticas daquela ex-governante tiveram repercussões negativas no prestígio social da classe docente. Porque não cabem aqui as inúmeras notícias que confirmam isso, recordo, como exemplos, alguns casos mais recentes:

“Professora com cancro chamada para trabalhar com tratamento em curso” (Diário de Notícias, 21 de janeiro de 2016).

“Professora com cancro é obrigada a voltar à escola” (Jornal i, 8 de março de 2017).

“Professora é agredida por família de aluno – Docente foi atingida a soco e a pontapé na zona da cabeça em escola primária, no Porto” (Correio da Manhã, 5 de maio de 2018).

“Agressões. ‘Os professores ficam arrasados, deprimidos, doentes’ – Uma professora foi recentemente agredida a socos e pontapés por quatro familiares de um aluno. Só em Lisboa, a violência contra docentes levou a abrir 87 inquéritos no ano passado” (Diário de Notícias, 13 de maio de 2018).

“Há apenas 16 professores com menos de 30 anos nas escolas públicas do 1.º ciclo” (Público, 26 de setembro de 2018).

“Fenprof denuncia que professores doentes estão a ser obrigados a regressar às escolas – As juntas médicas da ADSE recomendam ‘tarefas moderadas’ aos professores em situação de doença. Directores de escolas falam em ‘situações vergonhosas’ e criticam falta de orientações do Ministério da Educação” (Público, 20 de fevereiro de 2019).

“Professora agredida ‘a soco e a pontapé’ por encarregada de educação à porta de escola no Porto” (Expresso, 28 de fevereiro de 2019).

“Professor agredido a soco e a pontapé por aluno de 12 anos” (Público, 5 de abril de 2019).

[…]

“Director de ‘escola modelo’ alvo de processo disciplinar”. (Público, 18 de abril de 2018)

“SPM diz ser claro que o que se pretende é fechar as escolas do Curral e da Fajã” (Diário de Notícias da Madeira, 28 de junho de 2018).

“Suspenso (prof. Joaquim Sousa) seis meses por gestão irregular” (Jornal da Madeira, 23 de março de 2019)

Como se pode verificar, há muitas maneiras de abater os professores!

Quero, aqui, manifestar publicamente a minha solidariedade aos colegas Delfim Lourenço e Joaquim Sousa pela forma como foram tratados nos processos de extinção das suas escolas. Ao segundo, deixo, ainda, a minha solidariedade neste momento difícil, consequência de um processo surreal.

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