home Opinião SPM sempre intrépido na defesa dos direitos dos docentes

SPM sempre intrépido na defesa dos direitos dos docentes

Acabaram as reivindicações? Não, não acabaram. Há, ainda, muitas outras de menor monta, mas não menos importantes

A panela de pressão em que o governo da República vinha cozinhando os professores e os educadores rebentou, continuando a derramar água efervescente por todos os pontos do território continental. Só quem vivia fechado no seu mundo pessoal poderá ter ficado espantado com a adesão dos docentes a tantas manifestações de revolta e com a determinação nas reivindicações em defesa não só de condições profissionais condignas, mas também de uma educação de qualidade para todos.

No SPM, todos assistimos sem surpresa ao rebentamento desta panela de pressão e aplaudimo-la, porque é insustentável trabalhar, eternamente, só por paixão ou por altruísmo. No SPM, estamos todos solidários com os nossos colegas do continente que lutam pela dignificação da profissão docente.

E, na Região Autónoma da Madeira, está tudo bem com a carreira docente? Não, não está. Por isso, tem o SPM mantido, constantemente, uma ação reivindicativa, quer a nível negocial, quer através de iniciativas de rua, dando visibilidade pública aos muitos problemas que afetam os professores e os educadores da RAM, o que acaba por se refletir, inevitavelmente, na qualidade da educação. Na verdade, não é possível atingir os mais altos padrões educativos quando os docentes estão esgotados por dezenas de anos de trabalho com cargas de trabalho e horários esgotantes.

No SPM, não temos dúvidas de que, por um lado, é imperioso criarem-se condições para contrariar o envelhecimento e o desgaste profissional dos docentes e, por outro, contar todo o tempo de serviço sem barreiras artificiais, como são as quotas de acesso a alguns escalões ou as perdas de tempo de serviço dos períodos transitórios, que penalizam os colegas que vincularam até 2010. É ainda obrigatório, numa carreira que se diz única (aqui, sinónimo de igual) para todos os profissionais, uniformizar os horários de trabalho e as reduções do tempo de serviço em função da idade e dos anos de trabalho. Além disso, temos de permitir que os mais novos tenham condições justas para vincular, não os tratando como prestadores de serviço descartáveis.

Acabaram as reivindicações? Não, não acabaram. Há, ainda, muitas outras de menor monta, mas não menos importantes para quem é vítima dos problemas que as fundamentam. Não as enumero, porque o espaço é pouco para tanto.

Por tudo isso, tem o SPM mantido ações públicas constantes. Para memória futura, aqui, ficam três das últimas:

1. Marcha dos prisioneiros da carreira docente e contra uma carreira a duas velocidades (25 de fevereiro, à chuva, em frente à ALRAM);

2. O 25 de Abril dos contratados (25 de abril, em frente à ALRAM);

3. Alerta de Aviso Amarelo (5 de setembro, em frente à SRE).

Apesar de tudo, porque estamos em negociações para a resolução de algumas das nossas reivindicações e porque houve, nos últimos anos, na RAM, conquistas profissionais efetivas, a panela de pressão não está em vias de explodir. No entanto, para que tal não venha a acontecer, o SPM continuará a lutar e a exigir avanços concretos na resolução de problemas.

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