home Notícias, PROF#ficaemcasa 𝗔 𝗲𝘀𝗰𝗼𝗹𝗮 𝗲𝗺 “𝘁𝗲𝗺𝗽𝗼 𝗱𝗲 𝗿𝗲𝗰𝗹𝘂𝘀ã𝗼”: 𝗲𝗻𝘁𝗿𝗲 𝗽𝗮𝗿𝗮𝗱𝗼𝘅𝗼𝘀 𝗲 𝗮 (𝗿𝗲)𝗱𝗲𝘀𝗰𝗼𝗯𝗲𝗿𝘁𝗮 𝗱𝗼 𝗲𝘀𝘀𝗲𝗻𝗰𝗶𝗮𝗹!

𝗔 𝗲𝘀𝗰𝗼𝗹𝗮 𝗲𝗺 “𝘁𝗲𝗺𝗽𝗼 𝗱𝗲 𝗿𝗲𝗰𝗹𝘂𝘀ã𝗼”: 𝗲𝗻𝘁𝗿𝗲 𝗽𝗮𝗿𝗮𝗱𝗼𝘅𝗼𝘀 𝗲 𝗮 (𝗿𝗲)𝗱𝗲𝘀𝗰𝗼𝗯𝗲𝗿𝘁𝗮 𝗱𝗼 𝗲𝘀𝘀𝗲𝗻𝗰𝗶𝗮𝗹!

Os tempos que estamos a atravessar trouxeram enormes desafios à nossa vivência do dia-a-dia, sendo especialmente sentido no âmbito da comunidade escolar. Por um lado, o desafio da tecnologia que, de um momento para o outro passa a constituir-se como “tábua de salvação”, numa tentativa de se virtualizarem comunidades de aprendizagem, ainda que, na generalidade, os seus elementos se encontrem pouco capacitados para uma utilização eficaz das novas ferramentas, nomeadamente num formato de funcionamento em rede; por outro, de forma paradoxal, há a necessidade de se recuperarem paradigmas do passado, como seja a transmissão de conteúdos a reforçar uma componente essencialmente instrucionista! Simultaneamente, temos de conviver com um outro paradoxo, como seja a necessidade de termos os alunos, ainda mais tempo, “agarrados” aos ecrãs– seja de tablets, PC´s ou televisão-, ao contrário de tudo o que era sensatamente defendido até há pouco tempo. Contudo, não há dúvida: a necessidade assim obriga, são tempos de “remediar”!

O desafio curricular, por sua vez, acaba por nos ajudar a desvelar, o que afinal, é essencial. Quando a preocupação é verdadeiramente o processo de ensino-aprendizagem, e a forma como os nossos alunos podem prosseguir, com alguma “normalidade”, tal processo, o foco centra-se, inevitavelmente nas áreas e conteúdos fundamentais – basta ver as grelhas propostas para o telensino -, sendo que em tal processo, conceitos como flexibilidade curricular deixam de ter relevância, bem como (naturalmente!) uma panóplia de projetos de duvidosa necessidade ou eficácia sendo esta, também, uma oportunidade única para constatar a verdadeira inutilidade de múltiplas grelhas e registos, que simplesmente inundam o cotidiano dos docentes, não deixando saudades! No processo são cancelados, e bem, as Provas de Aferição e os Exames até ao 9º ano, podendo suportar o questionamento da sua real pertinência. Esta necessidade de ensino à distância, sendo o recurso possível, também ajuda a separar o essencial do acessório.

Mas a (re)descoberta do essencial está no valor da própria escola, e do caráter insubstituível da sua função e da interação dos seus agentes. São os alunos, que após semanas de confinamento, desejam o regresso à normalidade, ou seja, ocupar o seu lugar na escola, pois essa escola é para eles mais do que um lugar onde se aprende “matéria”, mas onde têm a oportunidade de socializar, expressar afetos, manifestar dúvidas, procurar ajuda, crescer!

Os professores, esses, são e serão SEMPRE insubstituíveis na sua função, por muita tecnologia que tenham a apoiá-los. Essa será sempre, e só, uma ferramenta! Embora muitas vezes desgastados por uma burocracia sem sentido, o caráter dedicado, atento e preocupado com a aprendizagem dos alunos que os nossos professores, diariamente, demonstram dentro das paredes da escola irá, com toda a certeza continuar, agora, a partir das paredes de suas casas. É o profissionalismo de todos eles, no seu melhor!

É tempo de mudança, mas também uma oportunidade de relembrarmos o que é essencial. Que todos aprendamos a lição!

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